Um relatório recente sobre cenários potenciais de ciberconflitos
diz que é inevitável que a Internet vá ser “militarizada” – usada para
atender às necessidades de um conflito militar entre nações – e que as
TIC sejam cada vez mais um meio importante e um alvo de
conflito.
O “The Global Cyber Game“ é resultado de um longo estudo realizado pela Defence Academy do Reino Unido – a unidade do Ministério da Defesa inglês - e apela para que a Internet seja significativamente “endurecida” a partir deuma perspectiva de segurança, a fim de evitar efeitos adversos para todos os seus usuários.
Há também uma forte advertência aos governos para que, na ânsia de usar a tecnologia da informação como arma de guerra contra outras nações, evitem a criação de malware que possa “proliferar” e causar danos em geral.
Alarme crescente
A transparência é provavelmente parte de qualquer cenário de conflito ou competição digitalmente mediada, diz a instituição. Durante o período atual de “alarme crescente” sobre uma possível ciberguerra, “a transparência das informações é uma realidade persistente”, diz. “Toda a estratégia e política devem ser feitas como se viessem a ser reveladas publicamente”.
O relatório tenta sistematizar as interacções entre as nações e entre outros atores, como hackers (tanto no sentido neutro como pejorativo), do crime organizado e da sociedade civil.
O modelo para isso – que a academia chama de “Cyber Gameboard” – é uma matriz de três por três. Uma dimensão está relacionada com a informação, considerando a infraestrutura de hardware (conexão), software (computação) e o conhecimento que produz e influencia a mente humana (cognição).
Na outra dimensão estão três divisões que representam modos de interação – conflito, cooptação e cooperação. A cooperação tem sido o grampo da Internet à medida que tem crescido, mas há uma atmosfera crescente de cooptação – “a capacidade de atrair clientes para dependência de plataformas de informação bem sucedidas. Isto coloca algumas grandes empresas de informação, como Microsoft, Apple, Google, IBM, Cisco, Juniper, Huawei, etc., em posições muito fortes”.
Com base neste quadro, o relatório tenta modelar tais incidentes como o ataque Stuxnet ,provavelmente realizado pelos EUA e Israel contra o programa nuclear iraniano e o exercício do seu “ciberpoder” pela China – incluindo as suspeitas que cercam as ligações da Huawei ao governo chinês e a agências de inteligência. O documento admite, no entanto, que a informação sobre tais incidentes está longe de ser completa e não ambígua.
“Balcanização”
Há um risco crescente de que a Internet seja “balcanizada” – dividida em ilhas nacionais de operação de acordo com ditames de governos, diz o relatório.
Isto será feito em nome da segurança nacional e proteção da soberania [tendência com o qual o governo brasielrio parece simpatizante, a julgar pela postura do atual Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo] , mas põe em risco novos progressos do grande benefício que a Internet trouxe – que o conhecimento de especialistas, em qualquer parte do mundo, possam ser facilmente adquiridos e uma variedade de opiniões decorrentes de bases filosóficas e políticas diferentes exercida sobre uma questão.
Fonte: IDG Now
O “The Global Cyber Game“ é resultado de um longo estudo realizado pela Defence Academy do Reino Unido – a unidade do Ministério da Defesa inglês - e apela para que a Internet seja significativamente “endurecida” a partir deuma perspectiva de segurança, a fim de evitar efeitos adversos para todos os seus usuários.
Há também uma forte advertência aos governos para que, na ânsia de usar a tecnologia da informação como arma de guerra contra outras nações, evitem a criação de malware que possa “proliferar” e causar danos em geral.
Alarme crescente
A transparência é provavelmente parte de qualquer cenário de conflito ou competição digitalmente mediada, diz a instituição. Durante o período atual de “alarme crescente” sobre uma possível ciberguerra, “a transparência das informações é uma realidade persistente”, diz. “Toda a estratégia e política devem ser feitas como se viessem a ser reveladas publicamente”.
O relatório tenta sistematizar as interacções entre as nações e entre outros atores, como hackers (tanto no sentido neutro como pejorativo), do crime organizado e da sociedade civil.
O modelo para isso – que a academia chama de “Cyber Gameboard” – é uma matriz de três por três. Uma dimensão está relacionada com a informação, considerando a infraestrutura de hardware (conexão), software (computação) e o conhecimento que produz e influencia a mente humana (cognição).
Na outra dimensão estão três divisões que representam modos de interação – conflito, cooptação e cooperação. A cooperação tem sido o grampo da Internet à medida que tem crescido, mas há uma atmosfera crescente de cooptação – “a capacidade de atrair clientes para dependência de plataformas de informação bem sucedidas. Isto coloca algumas grandes empresas de informação, como Microsoft, Apple, Google, IBM, Cisco, Juniper, Huawei, etc., em posições muito fortes”.
Com base neste quadro, o relatório tenta modelar tais incidentes como o ataque Stuxnet ,provavelmente realizado pelos EUA e Israel contra o programa nuclear iraniano e o exercício do seu “ciberpoder” pela China – incluindo as suspeitas que cercam as ligações da Huawei ao governo chinês e a agências de inteligência. O documento admite, no entanto, que a informação sobre tais incidentes está longe de ser completa e não ambígua.
“Balcanização”
Há um risco crescente de que a Internet seja “balcanizada” – dividida em ilhas nacionais de operação de acordo com ditames de governos, diz o relatório.
Isto será feito em nome da segurança nacional e proteção da soberania [tendência com o qual o governo brasielrio parece simpatizante, a julgar pela postura do atual Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo] , mas põe em risco novos progressos do grande benefício que a Internet trouxe – que o conhecimento de especialistas, em qualquer parte do mundo, possam ser facilmente adquiridos e uma variedade de opiniões decorrentes de bases filosóficas e políticas diferentes exercida sobre uma questão.
Fonte: IDG Now
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