sexta-feira, 5 de julho de 2013

Justin Carter, 18, se envolveu em uma discussão no Facebook por causa do jogo 'League of Legends'
Justin Carter, 18, se envolveu em uma discussão no Facebook por causa do jogo 'League of Legends'

Jack Carter, pai de um adolescente norte-americano detido por causa de um post no Facebook, afirmou que o jovem perdeu as esperanças, tem medo de não sair da cadeia, está deprimido e assustado. As declarações foram dadas à "CNN", após ser divulgada a informação de que Justin Carter, 19, está sob observação para não cometer suicídio.

Um juiz determinou fiança de US$ 500 mil (R$ 1,13 milhão) para o caso. Com um depósito de 10% do total (US$ 50 mil; cerca de R$ 113 mil), o jovem pode ser liberado e aguardar o julgamento fora da cadeira. "É ultrajante. Já defendi assassinos cuja fiança era de US$ 150 mil", compara o advogado Donald H. Flanary III, que fará a defesa sem cobrar por isso.

O jovem foi detido em 14 de fevereiro, então com 18 anos, e pode responder por ameaças terroristas. Se condenado, a pena chega a oito anos de prisão.

A detenção foi motivada por uma discussão no Facebook, em fevereiro, por causa do jogo "League of Legends". Justin Carter foi chamado de louco, perturbado e respondeu: "Verdade, sou perturbado da cabeça. Vou atirar em uma escola cheia de crianças e comer seus corações quando ainda estiverem batendo".

Na sequência, segundo o pai, o jovem usou as siglas LOL (laugh out loud) e JK (just kidding) para indicar que estava brincando.

Uma mulher do Canadá viu a postagem e não achou graça. Ao fazer uma busca no Google, ela descobriu que o antigo endereço do jovem ficava próximo a uma escola de crianças. A mulher então ligou para a polícia, fez uma denúncia e Justin Carter foi detido.

Defesa

À "CNN", Jack Carter disse que entende a necessidade de investigar uma declaração como aquela feita por seu filho, mas reforça a importância do "senso comum" em casos como esse. "Ele é um garoto bom, não quis dizer isso, foi uma brincadeira. Ele não machucaria ninguém, tem irmãos mais novos e se dá muito bem com crianças."

Seus pais, que acusam as autoridades de não terem investigado o caso antes da detenção, criaram uma petição online.

Nela, contam que Justin só foi interrogado até 13 de março de 2013 e, uma semana depois, houve um mandado de busca para sua casa. "Nenhuma arma de nenhum tipo foi encontrada. Se ele fosse mesmo uma ameaça terrorista, a polícia não deveria ter feito uma busca em sua casa antes de sua detenção completar um mês?", questiona o texto.

Fonte: UOL

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