A guerra cibernética, ou seja, o uso da internet para
promover ataques no espaço virtual, é uma realidade contra a qual a
comunidade internacional deve se preparar melhor, alertou nesta
segunda-feira um alto funcionário da ONU.
"A guerra cibernética está declarada", afirmou Hamadoun
Touré, secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações
(UIT), durante uma conferência. "Como em uma guerra comum, não há
vencedores, só destruição", disse ele, diante de jornalistas, diplomatas
e especialistas em tecnologia.
O chefe do órgão especializado da ONU se negou a acusar
algum país em particular, mas estimulou a comunidade internacional a
cooperar mais para rastrear e encontrar pistas dos criminosos da
informática que vencem as fronteiras na internet.
Embora a atenção do público e dos meios de comunicação
se volte, muitas vezes, para os ataques dirigidos a páginas oficiais das
autoridades ou das organizações, a guerra cibernética, adverte Touré,
pode ser muito mais perigosa e causar estragos no setor financeiro e nos
serviços públicos.
A defesa cibernética fez parte, pela primeira vez, da
ordem do dia dos ministros de Defesa dos 28 países da Otan, no começo de
junho em Bruxelas, em um momento em que os exércitos ocidentais
enfrentam uma instensificação dos ataques digitais, como o do fim de
maio que, segundo o Washington Post, permitiu a criminosos chineses
roubar informações relativas a vários sistemas de armas
norte-americanos.
Fonte: Terra
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