quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sempre quando se fala de linux se vem o argumento “software livre”, mas você sabia que por trás disso existe uma instituição e algumas normas reguladoras para essa liberdade?

Sim, existe! Richard Stallman fundou a “FSF - Free Software Foundation” que criou e mantém a licença “GNU GPL - GNU General Public License”. Acredito que se você está estudando linux já deve ter ouvido algo sobre esses nomes e siglas, se não ouviu, ouvirá muito por ai. :)

Então vamos lá, essas normas são divididas em 4, veja-as abaixo:

0- Liberdade para rodar o programa para quaisquer propósitos;

1- Liberdade para estudar como o programa trabalha e adaptá-lo às suas necessidades. Ter acesso ao código fonte é essencial para isso;

2- Liberdade de redistribuir cópias de forma que você possa ajudar outras pessoas;

3- liberdade para melhorar o programa e disponibilizar as melhorias para o público, de forma que toda a comunidade possa se beneficiar. Ter acesso ao código fonte é essencial também para isso.

Para mais informações sobre as GPL’s visite os sites dos mantenedores.

Outra coisa muito importante. Vamos ver, de um jeito bem simples, como funciona um linux de baixo do capô. Veja na imagem abaixo como é dividido e organizado o sistema linux e suas variantes.






Começando de baixo para cima, temos a primeira camada que é o Hardware. Acredito que não preciso explicar que o hardware são as todas aquelas plaquinhas, chips e circuitos de dentro da sua máquina.

Subindo um pouco mais temos os drivers de dispositivos. Se você vem do Windows sem dúvida que já teve problemas com esses carinhas. A função dos drivers é realizar a comunicação entre o Hardware e o Kernel (já chegaremos lá), são basicamente instruções para que o sistema consiga entender e operar alguma coisa que você espetou na sua máquina, como se fosse um pequeno manual para o sistema saber como aquilo funciona e como e quando ele deve se comunicar com a peça em questão.

Mais um passo a cima, temos o famoso Kernel. O Kernel é o núcleo do sistema. É o responsável por interpretar todas requisições feitas a partir de uma aplicação, e com essas requisições feitas interagir com o hardware, desempenhando alguma função em todas as operações que rolam num computador, por menor que sejam.

Mas só o kernel não é o suficiente para termos um sistema operacional. Ainda precisamos de alguma artimanha para o usuário poder interagir com esse tal de kernel. Para isso temos o Sistema Operacional de fato, e dentro dele algumas coisas bem interessantes que vamos ver a seguir. Essa camada tem como função auxiliar e abrigar todos os aplicativos das camadas superiores. Segundo Linus Torvalds essa “layer” não deve ser notada pelo usuário final. Algumas coisas que temos que levar em conta quando falamos de sistema operacional: tty’s, DM’s e Desktop Environment’s. Neste ponto já sabemos (ou deveríamos saber) que o linux é um sistema multi usuario. Podemos ter vários usuarios conectados no mesmo servidor, cada um desempenhando suas funções independentemente do que os outros estão fazendo. Para isso usamos os tty’s. Cada usuario que se conecta abrirá uma sessão. Esse seção é conhecida como Terminal Virtual (tty). As ”tty’s” interpretam os comandos dados por um humano e convertem os mesmos para uma linguagem que a máquina entenda.

Próximo tópico dentro do sistema que deve ser levado em conta é a DM. Não, não é as Direct Messages do Twitter, DM quer dizer Display Manager. A função do DM é gerenciar os logins no sistema e escolher qual ambiente gráfico deve ser executado para cada usuario. Os mais conhecidos são o KDM (KDE Display Manager), GDM (GNOME Display Manager) e o XDM (X Display Manager).

Seguindo a linha de raciocínio, vamos para o último ponto relevante de hoje. Vamos falar de Desktop Environment, ou em português, Ambiente de Trabalho. Esse é a carinha bonita que o usuario final vai ver. É onde todos os programas e aplicativos que necessitam de interface gráfica são abrigados.

Estamos quase chegando no final da nossa teoria. Você pode lembrar da época de escola onde dizia “mas para que eu ou usar isso tudo?” e deve ter feito essa pergunta em quanto lia todo esse texto. Eu lhes digo porque saber isso, para a prova. Esses conceitos podem cair no seu teste então fique ligado. Outro motivo é que entendendo como a coisa funciona fica mais fácil de assimilar os próximos conteúdos.

Eu fico por aqui hoje. Prometo que os próximos posts terão algo de prática.
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