quarta-feira, 15 de maio de 2013

Olá novamente leitores. Demorou um pouco mais saiu, mais um capítulo do artigo exclusivo do blog, preparatório para a certificação LPI|C. Nesta parte, vamos ver o comando LS e todas as suas propriedades quase mágicas e alguns outros comandos que não podem faltar no dia a dia de um usuário unix.

Então vamos lá, partiremos hoje do comando “ls”, que serve para listar o conteúdo dos diretórios. Um comando muito conhecido, super básico, mas junto com ele vem muitas flags e personalizações para otimizar suas listagens. Uma das flags mais usadas é a “-l” que lista o conteúdo de um modo mais detalhado, como quem criou, data de criação e outros detalhes.

Outra flag muito boa é a “-a” que lista todo o conteúdo do diretório, até mesmo os arquivos ocultos.

DICA: arquivos ocultos começam com um ponto final (.) no nome.

O uso do ls é bem parecido com os outros comandos vistos antes. Podemos utilizar tanto o comando sem um caminho específico, que listará a pasta de origem quanto passando um caminho que listará o conteúdo daquele caminho específico.

Podemos também usar os curingas que veremos a seguir:

Curingas - caracteres especiais que podem otimizar as buscas e achar arquivos semelhantes.

Segue abaixo uma lista dos curingas que podemos utilizar e alguns exemplos dos mesmos:

* -> Utilizado para um nome completo ou restante de um arquivo/diretório;

? -> Esse curinga pode substituir uma ou mais letras em determinada posição;

! -> Exclui da operação;

[padrão] -> É utilizado para referência a uma faixa de caracteres de um arquivo/diretório;

[a-z][0-9] -> Usado para trabalhar com caracteres de a até z seguidos de um caractere de 0 até 9;

[a,z][1,0] -> Usado para trabalhar com os caracteres a e z seguidos de um caractere 1 ou 0 naquela posição;

[a-z,1,0] -> Faz referência do intervalo de caracteres de a até z ou 1 ou 0 naquela posição;

[^abc] -> Faz referência a qualquer caracter exceto a, b e c .

{padrão} -> Expande e gera strings para pesquisa de padrões de um arquivo/diretório;

X {ab,01} -> Faz referência a sequência de caracteres Xab ou X01;

X {a-e,10} -> Faz referência a sequência de caracteres Xa Xb Xc Xd Xe X10.


Exemplos:

touch curriculo{1,2,3}.txt curriculo{4,5}.new -> Cria os arquivos curriculo1.txt, curriculo2.txt, curriculo3.txt, curriculo4.new e curriculo5.new.

ls -ld /* n -> Buscar no diretório raiz ”/ “ todos os diretórios que terminem com a letra “n”.

ls * new * -> Listar todos os arquivos do diretório que tenham “new” no nome.

ls *. txt -> Listar todos os arquivos que começam com qualquer nome e terminam com “.txt”.

ls curriculo ?. txt -> Listar todos os arquivos que começam com o nome “curriculo”, tenham qualquer caractere no lugar do curinga, e terminem com “.txt”.

Antes de seguir em frente, use a sua criatividade e pratique um pouco o uso dos curingas, poderão fazer diferença mais a frente.

Próximos comandos, não vamos levar muito tempo neles, pois não são difíceis e como você já conhece os manuais pode se aprofundar mais neles depois. O primeiro deles é para criar diretórios, o mkdir. Nada de novo por aqui, a sintaxe do comando é o mesmo dos anteriores, comando + nome_do_diretório.

E o outro comando é para desfazer o anterior, o rm. Este comando pode remover tanto arquivos como diretórios, mas se você tentar remover um diretório retornará um erro, dizendo que é um diretório ou que tem coisas dentro. Para isso você precisa usar 2 flags a “-r” e “-f”, para remover recursivamente e forçar a remoção, respectivamente. Cuidado quando for remover algo, esse processo é irreversível. Caso o diretório esteja vazio, outra opção para a remoção é o comando rmdir.

Copiando, colando, movendo e renomeando


Sim, não poderíamos esquecer destes. Também comandos muito simples, começando por cópias, é possível copiar arquivos e diretórios para outros lugares do sistema, basta usar a sintaxe cp arquivo_ou_caminho_origem arquivo_ou_caminho_destino. Caso seu objetivo seja copiar pastas inteiras você vai precisar da flag “-R” para copiar seu conteúdo recursivamente.

Já para mover um diretório, usamos o comando mv, do mesmo modo que o comando citado acima, de um diretório para outro, e a pasta/arquivo será movida com sucesso. Agora que vem a curiosidade: Sabia que se eu mover um arquivo de um diretório para ele mesmo e mudar o nome do arquivo destino eu acabo renomeando o arquivo inicial. Para facilitar vai ai um exemplo:

mv teste teste1

O arquivo que antes se chamava teste agora passa a se chamar teste1, simples assim.

E por hoje fico por aqui, pratique esses comandos, pois além de cobrados no exame são de grande ajuda, praticamente essenciais.

Até a próxima!
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