Olá pessoal!
Continuando com nosso guia, no post de hoje vamos falar sobre o maior divisor de águas do Linux. O que separa os administradores experientes do resto. Muitos usuários e administradores iniciantes tem um pavor mortal de editores de texto no terminal. A maioria usa a desculpa de que "é muito complexo" ou "posso fazer muito mais e mais rápido em um editor gráfico". Mas ai que se enganam, o terminal pode parecer complicado, mas depois de algum tempo percebe-se que ele agiliza e muito o processo de acessar e editar um arquivo de configuração.
Existem vários editores de texto no terminal, cada um com suas características, cabendo a você escolher o que lhe agradar mais. Veremos os principais:
• vi - Sem dúvida nenhuma o editor mais famoso de todos os tempos, presente em quase todas as distribuições;
• vim - Uma versão melhorada do “vi”, “Vim” significa “VImproved” e traz diversas facilidades sem perder os conceitos originais do “vi”;
• nano - Editor padrão de muitas distribuições como Debian , CentOS esse editor é diferente do “vim” e é muito fácil de ser usado;
• pico - Muito parecido com o “nano”, este está presente nas distribuições Slackware e Gentoo;
• mcedit - Editor muito fácil e completo. Seu grande diferencial é a possibilidade da utilização do mouse, mesmo no ambiente textual;
• ed - O editor de textos mais simples no mundo Unix, o “ed” é um editor de linha para terminais aonde não é possível abrir uma janela de edição;
• emacs - Poderoso editor de "tudo", o “emacs” também é muito conhecido no mundo GNU/LINUX por fazer muitas coisas diferenciadas de um editor de texto;
Neste post vou me focar no editor mais comum, de minha preferência e cobrado no exame, o vim, mas falaremos brevemente de outros.
O nano é um editor bem simples, no momento que você chamar o editor, ele deixará uma tela branca com um rodapé na parte inferior como a imagem abaixo:
Vamos ver alguns comandos do nano, mas antes de começar tenha em mente que ^G por exemplo quer dizer CTRL + G.
• ^G Get Help - Apresenta uma tela de ajuda para os mais diversos comandos e uma breve explicação sobre o editor;
• ^X Exit - Sai do editor, lembrando que se o arquivo não estiver salvo, essa opção irá te pedir para salvá-lo;
• ^O WriteOut - Salva ou sobrescreve um arquivo;
• ^J Justify - Justifica o arquivo inteiro;
• ^R Read File - Importa um arquivo;
• ^W Where Is - Procura por uma ocorrência dentro do arquivo;
• ^Y Prev Page - Move o cursor para pagina anterior;
• ^V Next Page - Move o cursor para próxima pagina;
• ^K Cut Text - Corta a linha em que o cursor está posicionado;
• ^U UnCut Text - Cola a linha recortada na posição atual do cursor
• ^C Cur Pos - Mostra informações sobre a posição do cursor;
• ^T To Spell - Ativa a correção ortográfica. É necessário ter o comando “spell” instalado para que isso funcione;
O vi, editor mais básico do GNU/Linux, está presente em praticamente todas as versões do sistema, mesmo aquelas que eram instaladas em apenas 1 disquete. Hoje em dia, as distros usam uma versão mais completa do vi, o Vim (Vi iMproved). O Vim tem 2 modos de interação com os arquivos: o modo de visualização e o modo de edição. Por exemplo, para fazermos uma alteração simples num certo arquivo, precisamos abri-lo, o vim iniciará em modo de visualização, devemos mudar para o modo de edição, editar tudo o que necessitamos, voltar para o modo de visualização, salvar e sair. Por esse motivo os administradores não gostam do editor, aparentemente parece ser muito complexo, mas essas funções de edição são relativamente fáceis.
A grande maioria dos serviços em “Unix” são configurados através de arquivos de configuração, o “vim”não seria diferente. Seu arquivo de configuração fica localizado em “/etc/vim/vimrc”. Para configurar o seu editor de textos, basta descomentar as funcionalidades desejadas, e copiar o arquivo para o seu“home” como “.vimrc”.
Vejamos agora alguns comandos básicos para manipular arquivos com o vim:
Comandos básicos de inserção de texto:
i - Insere texto antes do cursor;
a - Insere texto depois do cursor;
r - Substitui texto no início da linha onde se encontra o cursor;
A - Insere texto no final da linha onde se encontra o cursor;
o - Adiciona linha abaixo da linha atual;
O - Adiciona linha acima da linha atual;
Ctrl + h - Apaga o último caractere.
Comandos básicos de movimentação:
Ctrl+f - Move o cursor para a próxima tela;
Ctrl+b - Move o cursor para a tela anterior;
H - Move o cursor para a primeira linha da tela;
M - Move o cursor para o meio da tela;
L - Move o cursor para a última linha da tela;
h - Move o cursor um caractere à esquerda;
j - Move o cursor para a próxima linha;
k - Move o cursor para linha anterior;
l - Move o cursor um caractere à direita;
w - Move o cursor para o início da próxima palavra;
W - Move o cursor para o início da próxima palavra, separadas por espaço;
b - Move o cursor para o início da palavra anterior;
B - Move o cursor para o início da palavra anterior, separadas por espaço;
0(zero) - Move o cursor para o início da linha atual;
^ - Move o cursor para o primeiro caractere não branco da linha atual;
$ - Move o cursor para o final da linha atual;
nG - Move o cursor para a linha “n”;
:n - Move o cursor para a linha “n”;
gg - Move o cursor para a primeira linha do arquivo;
G - Move o cursor para a última linha do arquivo.
Comandos básicos para localizar texto:
/palavra - Busca pela palavra ou caractere em todo o texto;
?palavra - Move o cursor para a ocorrência anterior da palavra;
n - Repete o último comando / ou ?;
N - Repete o último comando / ou ?, na direção reversa;
Ctrl+g - Mostra o nome do arquivo, o número da linha atual e o total de linhas.
Comandos básicos para alteração de texto:
x - Deleta o caractere que está sob o cursor;
dw - Deleta a palavra, da posição atual do cursor até o final;
dd - Deleta a linha atual, e copia o conteúdo para área de transferência;
D - Deleta a linha a partir da posição atual do cursor até o final;
:A,Bd - Deleta da linha A até a linha B, copia para área de transferência;
rx - Substitui o caractere sob o cursor pelo especificado em x;
u - Desfaz a última modificação ;
U - Desfaz todas as modificações feitas na linha atual;
J - Une a linha corrente a próxima;
yy - Copia 1 linha para a área de transferência;
yNy - Copia N linhas para a área de transferência;
p - Cola o conteúdo da área de transferência;
Np - Cola N vezes o conteúdo da área de transferência;
cc - Apaga o conteúdo da linha, e copia para área de transferência;
cNc - Apaga o conteúdo de N linhas, e copia para área de transferência;
:%s/string1/string2/g - Substitui "string1"por "string2".
Comandos para salvar o texto:
:wq ou :x - Salva o arquivo e sai do editor;
:w nome_do_arquivo - Salva o arquivo corrente com o nome especificado;
:w! nome_do_arquivo - O mesmo que :w, mas forçando sobrescrita;
:q - Sai do editor;
:q! - Sai do editor sem salvar as alterações realizadas.
Antes que você desista, saiba que você não precisa saber todos esses comandos para o exame, não se preocupe. Normalmente no exame são cobrados apenas os comandos para iniciar edição, copias, salvar e sai, o resto é mais por quesito de otimização e curiosidade.
E para finalizar, podemos deixar o vim com uma cara mais amigável. O arquivo vimrc contém algumas opções de customização do vim, nas distros baseadas em Debian esse arquivo se encontra em “/etc/vim/vimrc” e nas outras se encontra em “/etc/vimrc”. Dentro desse arquivo vamos colocar as seguintes linhas:
Com essas 4 linhas deixamos o texto com as linhas numeradas, texto colorido e grifar as buscas encontradas.
E com isso acabamos por aqui os editores de texto. Não vou comentar os outros por que não uso e não serão cobrados na LPI, mas fica a dica caso queira conhecer, recomendo fortemente o uso do vim não só para prestar o exame, mas o nano é uma boa pedida também. Parece ser difícil, mas com um pouco de estudo sobre verá que não tem nada de tão complicado e facilitará muito sua vida.
Eu fico por aqui, mas os estudos continuam!
Até a próxima!
Continuando com nosso guia, no post de hoje vamos falar sobre o maior divisor de águas do Linux. O que separa os administradores experientes do resto. Muitos usuários e administradores iniciantes tem um pavor mortal de editores de texto no terminal. A maioria usa a desculpa de que "é muito complexo" ou "posso fazer muito mais e mais rápido em um editor gráfico". Mas ai que se enganam, o terminal pode parecer complicado, mas depois de algum tempo percebe-se que ele agiliza e muito o processo de acessar e editar um arquivo de configuração.
Existem vários editores de texto no terminal, cada um com suas características, cabendo a você escolher o que lhe agradar mais. Veremos os principais:
• vi - Sem dúvida nenhuma o editor mais famoso de todos os tempos, presente em quase todas as distribuições;
• vim - Uma versão melhorada do “vi”, “Vim” significa “VImproved” e traz diversas facilidades sem perder os conceitos originais do “vi”;
• nano - Editor padrão de muitas distribuições como Debian , CentOS esse editor é diferente do “vim” e é muito fácil de ser usado;
• pico - Muito parecido com o “nano”, este está presente nas distribuições Slackware e Gentoo;
• mcedit - Editor muito fácil e completo. Seu grande diferencial é a possibilidade da utilização do mouse, mesmo no ambiente textual;
• ed - O editor de textos mais simples no mundo Unix, o “ed” é um editor de linha para terminais aonde não é possível abrir uma janela de edição;
• emacs - Poderoso editor de "tudo", o “emacs” também é muito conhecido no mundo GNU/LINUX por fazer muitas coisas diferenciadas de um editor de texto;
Neste post vou me focar no editor mais comum, de minha preferência e cobrado no exame, o vim, mas falaremos brevemente de outros.
Nano
O nano é um editor bem simples, no momento que você chamar o editor, ele deixará uma tela branca com um rodapé na parte inferior como a imagem abaixo:
Vamos ver alguns comandos do nano, mas antes de começar tenha em mente que ^G por exemplo quer dizer CTRL + G.
• ^G Get Help - Apresenta uma tela de ajuda para os mais diversos comandos e uma breve explicação sobre o editor;
• ^X Exit - Sai do editor, lembrando que se o arquivo não estiver salvo, essa opção irá te pedir para salvá-lo;
• ^O WriteOut - Salva ou sobrescreve um arquivo;
• ^J Justify - Justifica o arquivo inteiro;
• ^R Read File - Importa um arquivo;
• ^W Where Is - Procura por uma ocorrência dentro do arquivo;
• ^Y Prev Page - Move o cursor para pagina anterior;
• ^V Next Page - Move o cursor para próxima pagina;
• ^K Cut Text - Corta a linha em que o cursor está posicionado;
• ^U UnCut Text - Cola a linha recortada na posição atual do cursor
• ^C Cur Pos - Mostra informações sobre a posição do cursor;
• ^T To Spell - Ativa a correção ortográfica. É necessário ter o comando “spell” instalado para que isso funcione;
Vim
O vi, editor mais básico do GNU/Linux, está presente em praticamente todas as versões do sistema, mesmo aquelas que eram instaladas em apenas 1 disquete. Hoje em dia, as distros usam uma versão mais completa do vi, o Vim (Vi iMproved). O Vim tem 2 modos de interação com os arquivos: o modo de visualização e o modo de edição. Por exemplo, para fazermos uma alteração simples num certo arquivo, precisamos abri-lo, o vim iniciará em modo de visualização, devemos mudar para o modo de edição, editar tudo o que necessitamos, voltar para o modo de visualização, salvar e sair. Por esse motivo os administradores não gostam do editor, aparentemente parece ser muito complexo, mas essas funções de edição são relativamente fáceis.
A grande maioria dos serviços em “Unix” são configurados através de arquivos de configuração, o “vim”não seria diferente. Seu arquivo de configuração fica localizado em “/etc/vim/vimrc”. Para configurar o seu editor de textos, basta descomentar as funcionalidades desejadas, e copiar o arquivo para o seu“home” como “.vimrc”.
Vejamos agora alguns comandos básicos para manipular arquivos com o vim:
Comandos básicos de inserção de texto:
i - Insere texto antes do cursor;
a - Insere texto depois do cursor;
r - Substitui texto no início da linha onde se encontra o cursor;
A - Insere texto no final da linha onde se encontra o cursor;
o - Adiciona linha abaixo da linha atual;
O - Adiciona linha acima da linha atual;
Ctrl + h - Apaga o último caractere.
Comandos básicos de movimentação:
Ctrl+f - Move o cursor para a próxima tela;
Ctrl+b - Move o cursor para a tela anterior;
H - Move o cursor para a primeira linha da tela;
M - Move o cursor para o meio da tela;
L - Move o cursor para a última linha da tela;
h - Move o cursor um caractere à esquerda;
j - Move o cursor para a próxima linha;
k - Move o cursor para linha anterior;
l - Move o cursor um caractere à direita;
w - Move o cursor para o início da próxima palavra;
W - Move o cursor para o início da próxima palavra, separadas por espaço;
b - Move o cursor para o início da palavra anterior;
B - Move o cursor para o início da palavra anterior, separadas por espaço;
0(zero) - Move o cursor para o início da linha atual;
^ - Move o cursor para o primeiro caractere não branco da linha atual;
$ - Move o cursor para o final da linha atual;
nG - Move o cursor para a linha “n”;
:n - Move o cursor para a linha “n”;
gg - Move o cursor para a primeira linha do arquivo;
G - Move o cursor para a última linha do arquivo.
Comandos básicos para localizar texto:
/palavra - Busca pela palavra ou caractere em todo o texto;
?palavra - Move o cursor para a ocorrência anterior da palavra;
n - Repete o último comando / ou ?;
N - Repete o último comando / ou ?, na direção reversa;
Ctrl+g - Mostra o nome do arquivo, o número da linha atual e o total de linhas.
Comandos básicos para alteração de texto:
x - Deleta o caractere que está sob o cursor;
dw - Deleta a palavra, da posição atual do cursor até o final;
dd - Deleta a linha atual, e copia o conteúdo para área de transferência;
D - Deleta a linha a partir da posição atual do cursor até o final;
:A,Bd - Deleta da linha A até a linha B, copia para área de transferência;
rx - Substitui o caractere sob o cursor pelo especificado em x;
u - Desfaz a última modificação ;
U - Desfaz todas as modificações feitas na linha atual;
J - Une a linha corrente a próxima;
yy - Copia 1 linha para a área de transferência;
yNy - Copia N linhas para a área de transferência;
p - Cola o conteúdo da área de transferência;
Np - Cola N vezes o conteúdo da área de transferência;
cc - Apaga o conteúdo da linha, e copia para área de transferência;
cNc - Apaga o conteúdo de N linhas, e copia para área de transferência;
:%s/string1/string2/g - Substitui "string1"por "string2".
Comandos para salvar o texto:
:wq ou :x - Salva o arquivo e sai do editor;
:w nome_do_arquivo - Salva o arquivo corrente com o nome especificado;
:w! nome_do_arquivo - O mesmo que :w, mas forçando sobrescrita;
:q - Sai do editor;
:q! - Sai do editor sem salvar as alterações realizadas.
Antes que você desista, saiba que você não precisa saber todos esses comandos para o exame, não se preocupe. Normalmente no exame são cobrados apenas os comandos para iniciar edição, copias, salvar e sai, o resto é mais por quesito de otimização e curiosidade.
E para finalizar, podemos deixar o vim com uma cara mais amigável. O arquivo vimrc contém algumas opções de customização do vim, nas distros baseadas em Debian esse arquivo se encontra em “/etc/vim/vimrc” e nas outras se encontra em “/etc/vimrc”. Dentro desse arquivo vamos colocar as seguintes linhas:
# vim /etc/vim/vimrc
set number
syntax on
set hlsearch
Com essas 4 linhas deixamos o texto com as linhas numeradas, texto colorido e grifar as buscas encontradas.
E com isso acabamos por aqui os editores de texto. Não vou comentar os outros por que não uso e não serão cobrados na LPI, mas fica a dica caso queira conhecer, recomendo fortemente o uso do vim não só para prestar o exame, mas o nano é uma boa pedida também. Parece ser difícil, mas com um pouco de estudo sobre verá que não tem nada de tão complicado e facilitará muito sua vida.
Eu fico por aqui, mas os estudos continuam!
Até a próxima!
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