E vamos para mais um post do guia para a LPI, nosso foco hoje será a interface de texto, mais conhecida como shell.
Linux sem shell é a mesma coisa que não ter nada. Grande parte do arsenal do linux está no terminal, por ele que vamos fazer a maioria das nossas brincadeiras pelo sistema.
As instruções, ou comandos que vamos digitar na shell serão interpretadas diretamente pelo kernel. Não precisam de todo o ambiente do sistema para processar e retornar suas funções, por isso que dizem que o terminal funciona melhor que o próprio sistema.
Primeiramente, saiba que existem vários tipos de shell, mas a que vamos nos focar é na padrão do GNU/Linux, o Bash.
Antes de sairmos digitando comandos como malucos precisamos saber mais alguns detalhes. Existem 2 tipos de usuarios, os usuarios normais do sistema e o super usuário, conhecido no mundo linux comoroot. Normalmente, por limitação do sistema ou por boas práticas, utiliza-se sempre o usuário normal no dia-a-dia, e em casos que o usuario normal não consiga resolver que apelamos para o root. Não usamos o root para tudo por que? Simples, o super usuario tem plenos poderes sobre tudo e todos. Imagine o que um comando errado poderia causar se fosse usado apenas o root.
Se você prestar a atenção na sua shell (se for a bash) tera algo assim:
ou
Com essa linha que sempre aparece no terminal (novamente, nesse formato é no Bash) podemos conseguir algumas informações básicas sobre nossa maquina. Como o nome do usuario corrente, o nome da maquina e um sinal, que pode ser # (tralha, jogo da velha, hashtag ou sustenido, dependendo da sua idade) ou $ (cifrão). O # quer dizer que estamos falando de um super usuario, e o $ é um usuario normal. Para usar a shell não tem grandes misterios, apenas digite o comando, suas opções de personalização e de Enter para confirmar. Simples! Agora vamos a algumas funcionalidades:
History - Os comandos de terminal são armazenados num historico temporário. O linux tem um arquivo que guarda os ultimos comandos digitados no terminal. Para visualiza-los basta digitar o comando “history”. Outro modo de acessar o historico de comandos é com as setas do teclado para cima e para baixo.
Scroll do terminal - Precisa voltar para ver a saída de algum comando que foi digitado antes mas já saiu da tela? E a rolagem do mouse não está funcionando no ambiente texto? Não tem problema! Podemos subir e descer as paginas no terminal com os atalhos Shift + Page Up e Shift + Page Down, respectivamente.
Mudar entre terminais virtuais - Nada impede que se use vários terminais ao mesmo tempo, como já comentei por aqui. Para alternarmos entre um terminal e outro basta usar a combinação de teclas Alt + F1 até F7, podendo variar para mais ou para menos, dependendo da distribuição.
Mudando nível de usuário - Caso precise (ou queira só para ver como é) usar alguma coisa que somente o super usuario tenha permissão, você pode elevar seus privilégios com o comando “su”. Logo depois do comando você deverá fornecer a senha do root. Caso consiga autenticar verá que o símbolo da shell muda para #, sinalizando que está com um super usuario. Também pode-se utilizar o comando su para se logar como outro usuario, mesmo não sendo root. Caso seja root o comando não pedirá a senha ao tentar se logar a um usuario normal. Para fazer isso usamos a sintaxe “su -nomedousuario”. Utilizamos o sinal de menos (-) para carregar as variáveis locais do usuario (falaremos disso mais para frente), e o nome do usuario a qual queremos nos logar.
Quem sou eu? - Temos aqui um comando muito útil, principalmente para um administrador que precisa sempre verificar com que tipo de permissões está. O comando “whoami” mostra com qual usuario você está no momento. Já o comando “who am i” (perceba que este com espaços) mostra com qual usuario eu me loguei nessa sessão.
Configurando o teclado - Uma das coisas que mais atrapalha no ambiente texto é a configuração de teclado. Nem sempre o teclado vai estar corretamente configurado. Para abrir o configurador de teclado utilize o comando “dpkg-reconfigure keyboard configuration”. Uma interface semi-gráfica se abrirá, escolha o layout de teclado que mais lhe agradar e logo depois de sair deste comando precisa-se reiniciar o serviço para que as alterações tenham efeito. Para isso temos o comando “/etc/init.d/keyboard-setup restart”. Todos esses comandos e procedimentos de teclado são exclusivos para distros baseadas no debian. Para as outras distros, usamos o comando “system-config-keyboard” para alterar o layout.
Mouse no terminal - Se mesmo depois de tudo isso você ainda precisa de mouse não se preocupe, tem como! Para isso, você precisa baixar e instalar o pacote gpm. Você pode usar o comando “apt-get install gpm” em distros Debian e o comando “yum install gpm” nas baseadas em Cent OS (falaremos de instalações mais adiante).
E chegamos ao fim de mais um post da série. Agora cada vez mais prático e mais aprofundado. Prepare-se ;)
Linux sem shell é a mesma coisa que não ter nada. Grande parte do arsenal do linux está no terminal, por ele que vamos fazer a maioria das nossas brincadeiras pelo sistema.
As instruções, ou comandos que vamos digitar na shell serão interpretadas diretamente pelo kernel. Não precisam de todo o ambiente do sistema para processar e retornar suas funções, por isso que dizem que o terminal funciona melhor que o próprio sistema.
Primeiramente, saiba que existem vários tipos de shell, mas a que vamos nos focar é na padrão do GNU/Linux, o Bash.
Antes de sairmos digitando comandos como malucos precisamos saber mais alguns detalhes. Existem 2 tipos de usuarios, os usuarios normais do sistema e o super usuário, conhecido no mundo linux comoroot. Normalmente, por limitação do sistema ou por boas práticas, utiliza-se sempre o usuário normal no dia-a-dia, e em casos que o usuario normal não consiga resolver que apelamos para o root. Não usamos o root para tudo por que? Simples, o super usuario tem plenos poderes sobre tudo e todos. Imagine o que um comando errado poderia causar se fosse usado apenas o root.
Se você prestar a atenção na sua shell (se for a bash) tera algo assim:
seuusuario@suamaquina: ~#
ou
seuusuario@suamaquina: ~$
Com essa linha que sempre aparece no terminal (novamente, nesse formato é no Bash) podemos conseguir algumas informações básicas sobre nossa maquina. Como o nome do usuario corrente, o nome da maquina e um sinal, que pode ser # (tralha, jogo da velha, hashtag ou sustenido, dependendo da sua idade) ou $ (cifrão). O # quer dizer que estamos falando de um super usuario, e o $ é um usuario normal. Para usar a shell não tem grandes misterios, apenas digite o comando, suas opções de personalização e de Enter para confirmar. Simples! Agora vamos a algumas funcionalidades:
History - Os comandos de terminal são armazenados num historico temporário. O linux tem um arquivo que guarda os ultimos comandos digitados no terminal. Para visualiza-los basta digitar o comando “history”. Outro modo de acessar o historico de comandos é com as setas do teclado para cima e para baixo.
Scroll do terminal - Precisa voltar para ver a saída de algum comando que foi digitado antes mas já saiu da tela? E a rolagem do mouse não está funcionando no ambiente texto? Não tem problema! Podemos subir e descer as paginas no terminal com os atalhos Shift + Page Up e Shift + Page Down, respectivamente.
Mudar entre terminais virtuais - Nada impede que se use vários terminais ao mesmo tempo, como já comentei por aqui. Para alternarmos entre um terminal e outro basta usar a combinação de teclas Alt + F1 até F7, podendo variar para mais ou para menos, dependendo da distribuição.
Mudando nível de usuário - Caso precise (ou queira só para ver como é) usar alguma coisa que somente o super usuario tenha permissão, você pode elevar seus privilégios com o comando “su”. Logo depois do comando você deverá fornecer a senha do root. Caso consiga autenticar verá que o símbolo da shell muda para #, sinalizando que está com um super usuario. Também pode-se utilizar o comando su para se logar como outro usuario, mesmo não sendo root. Caso seja root o comando não pedirá a senha ao tentar se logar a um usuario normal. Para fazer isso usamos a sintaxe “su -nomedousuario”. Utilizamos o sinal de menos (-) para carregar as variáveis locais do usuario (falaremos disso mais para frente), e o nome do usuario a qual queremos nos logar.
Quem sou eu? - Temos aqui um comando muito útil, principalmente para um administrador que precisa sempre verificar com que tipo de permissões está. O comando “whoami” mostra com qual usuario você está no momento. Já o comando “who am i” (perceba que este com espaços) mostra com qual usuario eu me loguei nessa sessão.
Configurando o teclado - Uma das coisas que mais atrapalha no ambiente texto é a configuração de teclado. Nem sempre o teclado vai estar corretamente configurado. Para abrir o configurador de teclado utilize o comando “dpkg-reconfigure keyboard configuration”. Uma interface semi-gráfica se abrirá, escolha o layout de teclado que mais lhe agradar e logo depois de sair deste comando precisa-se reiniciar o serviço para que as alterações tenham efeito. Para isso temos o comando “/etc/init.d/keyboard-setup restart”. Todos esses comandos e procedimentos de teclado são exclusivos para distros baseadas no debian. Para as outras distros, usamos o comando “system-config-keyboard” para alterar o layout.
Mouse no terminal - Se mesmo depois de tudo isso você ainda precisa de mouse não se preocupe, tem como! Para isso, você precisa baixar e instalar o pacote gpm. Você pode usar o comando “apt-get install gpm” em distros Debian e o comando “yum install gpm” nas baseadas em Cent OS (falaremos de instalações mais adiante).
E chegamos ao fim de mais um post da série. Agora cada vez mais prático e mais aprofundado. Prepare-se ;)
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