Olá pessoal!
Neste post, vamos ver alguns comandos, variáveis, arquivos e definições para administrarmos todos os parâmetros na nossa shell. Veja aqui como personalizar a sua shell para tirar o máximo proveito do seu terminal e atender suas necessidades.
As variáveis da “shell” têm o mesmo objetivo das variáveis que conhecemos na área da computação, ou seja, são áreas de memória que podem conter dados que serão utilizados por diversos programas. Quando estamos falando de variáveis em “shell” não precisamos nos preocupar em declará-las nem mesmo definir o seu tipo. Em “shell”, uma variável é definida simplesmente atribuindo-se um valor a ela. Por exemplo, se queremos ter em algum local na memória armazenado por algum motivo o número "35", basta declarar uma variável da seguinte maneira:
Podemos usar este tipo de variável, chamada escalar, para armazenar tanto números quanto caracteres.
Para acessar ou referenciar as variáveis, precisamos usar o símbolo do cifrão ( $ ) antes do nome da variável. O exemplo abaixo escreve o conteúdo da variável na tela:
O comando “echo” é usado para imprimir algo na tela ou direcionar para um arquivo. Isso é bastante útil para automação. Na linha de comando o “echo” é útil para inspecionar variáveis de ambiente, que são parâmetros guardados em memória e que definem o ambiente em uso.
OBS: Não é obrigatório o uso de palavras maiúsculas no nome das variáveis, mas é uma prática muito recomendada para padronização.
Quando falamos em variáveis em “shell” temos que ter em mente a divisão entre variáveis locais e de ambiente (ou globais). A diferença entre elas é que uma variável local tem visibilidade restrita, apenas ao escopo ao qual ela foi definida, e uma variável de ambiente tem visibilidade não só no escopo em que foi definida mas também em ambientes derivados.
A única diferença técnica entre variáveis locais e de ambiente é a forma de sua definição. Para definir uma variável local, basta atribuir um valor a um nome de variável. Para definir uma variável de ambiente o procedimento adiciona o comando “export” antes da definição. Abaixo mostramos exemplos de definição de variável local e de ambiente:
Para remover uma variável, use o comando unset.
Para estas variáveis ficarem permanente para todos e funcionar em qualquer terminal deve-se colocar em um dos arquivos:
Algumas variáveis importantes:
EDITOR -> define o editor que abrirá um programa que chama o editor padrão. No debian, conseguimos fazer a alteração do editor através do comando update-alternatives –config editor.
TMOUT -> tempo em segundos de inatividade para deslogar automaticamente.
HOME -> home do usuário atual.
HISTSIZE -> tamanho do histórico de comandos.
PATH -> define quais diretórios pesquisar e a ordem na qual eles são pesquisados para encontrar um determinado comando.
Um recurso do “shell” que facilita muito a vida do usuário é a definição de “aliases”. Imagine que um usuário gosta de utilizar o comando “ls” sempre com os parâmetros“--color -h -l”. O que seria dele se toda vez que fosse executá-lo tivesse que escrever o comando com todos os parâmetros?! Para resolver esse tipo de situação, basta criar um “alias” para o comando “ls” que defina que cada vez que o usuário digitar um simples “ls” ele será sucedido pelas opções definidas, e o que será executado será o comando “ls --color -h -l”. Para criarmos esse “alias”, basta usarmos o comando abaixo:
Caso você precise desabilitar um alias use o comando unalias alias_criado. E para ver todos os alias basta digitar o comando alias.
Quando uma “bash” é executada como uma “shell” de “login” interativo ela lê e executa o arquivo“/etc/profile”, se ele existir. Esse arquivo deve conter as configurações gerais que se aplicam a todos os usuários do sistema. Após ler o “/etc/profile”, ela irá procurar por um dos arquivos:
Esses arquivos estão na “home” do usuário, executando o primeiro que estiver disponível e tiver permissão de leitura. Além desses, executa também o arquivo “/.bashrc”. Perceba que esses são arquivos ocultos, pois estão precedidos por um (.). Quando a “bash” estiver sendo terminada (usuário fazendo logout), o arquivo “/.bash_logout” será lido e executado, caso ele exista. Através deste arquivo, podemos automatizar procedimentos como por exemplo limpar a tela ao se “deslogar” do sistema. Quando uma “bash” é chamada mas não é uma “shell de login”, o arquivo chamado será apenas o“/.bashrc”.
Os arquivos “/etc/issue” e “/etc/motd” são usados para mostrar mensagens para os usuários e não interferem na parte operacional do sistema. A diferença entre os arquivos “/etc/issue” e “/etc/motd”, é que o primeiro exibe uma mensagem para o usuário antes que o mesmo faça “login” no sistema, enquanto o segundo exibe uma mensagem após o usuário se “logar” no sistema. Há ainda o arquivo“/etc/issue.net”, que contém a mensagem exibida em “logins” remotos.
E ficamos por aqui, no próximo post vamos ver um assunto que assusta muitos usuários linux, os editores de texto no terminal.
Neste post, vamos ver alguns comandos, variáveis, arquivos e definições para administrarmos todos os parâmetros na nossa shell. Veja aqui como personalizar a sua shell para tirar o máximo proveito do seu terminal e atender suas necessidades.
As variáveis da “shell” têm o mesmo objetivo das variáveis que conhecemos na área da computação, ou seja, são áreas de memória que podem conter dados que serão utilizados por diversos programas. Quando estamos falando de variáveis em “shell” não precisamos nos preocupar em declará-las nem mesmo definir o seu tipo. Em “shell”, uma variável é definida simplesmente atribuindo-se um valor a ela. Por exemplo, se queremos ter em algum local na memória armazenado por algum motivo o número "35", basta declarar uma variável da seguinte maneira:
VARIAVEL1=35
Podemos usar este tipo de variável, chamada escalar, para armazenar tanto números quanto caracteres.
Para acessar ou referenciar as variáveis, precisamos usar o símbolo do cifrão ( $ ) antes do nome da variável. O exemplo abaixo escreve o conteúdo da variável na tela:
echo $VARIAVEL1
O comando “echo” é usado para imprimir algo na tela ou direcionar para um arquivo. Isso é bastante útil para automação. Na linha de comando o “echo” é útil para inspecionar variáveis de ambiente, que são parâmetros guardados em memória e que definem o ambiente em uso.
OBS: Não é obrigatório o uso de palavras maiúsculas no nome das variáveis, mas é uma prática muito recomendada para padronização.
Variáveis Locais e Globais
Quando falamos em variáveis em “shell” temos que ter em mente a divisão entre variáveis locais e de ambiente (ou globais). A diferença entre elas é que uma variável local tem visibilidade restrita, apenas ao escopo ao qual ela foi definida, e uma variável de ambiente tem visibilidade não só no escopo em que foi definida mas também em ambientes derivados.
A única diferença técnica entre variáveis locais e de ambiente é a forma de sua definição. Para definir uma variável local, basta atribuir um valor a um nome de variável. Para definir uma variável de ambiente o procedimento adiciona o comando “export” antes da definição. Abaixo mostramos exemplos de definição de variável local e de ambiente:
# LOCAL =" sem export na frente "
# export GLOBAL =" com export na frente "
Para remover uma variável, use o comando unset.
Para estas variáveis ficarem permanente para todos e funcionar em qualquer terminal deve-se colocar em um dos arquivos:
/etc/profile
/etc/environment
Algumas variáveis importantes:
EDITOR -> define o editor que abrirá um programa que chama o editor padrão. No debian, conseguimos fazer a alteração do editor através do comando update-alternatives –config editor.
TMOUT -> tempo em segundos de inatividade para deslogar automaticamente.
HOME -> home do usuário atual.
HISTSIZE -> tamanho do histórico de comandos.
PATH -> define quais diretórios pesquisar e a ordem na qual eles são pesquisados para encontrar um determinado comando.
Alias
Um recurso do “shell” que facilita muito a vida do usuário é a definição de “aliases”. Imagine que um usuário gosta de utilizar o comando “ls” sempre com os parâmetros“--color -h -l”. O que seria dele se toda vez que fosse executá-lo tivesse que escrever o comando com todos os parâmetros?! Para resolver esse tipo de situação, basta criar um “alias” para o comando “ls” que defina que cada vez que o usuário digitar um simples “ls” ele será sucedido pelas opções definidas, e o que será executado será o comando “ls --color -h -l”. Para criarmos esse “alias”, basta usarmos o comando abaixo:
alias ls = ’ls --color -h -l’
Caso você precise desabilitar um alias use o comando unalias alias_criado. E para ver todos os alias basta digitar o comando alias.
Login
Quando uma “bash” é executada como uma “shell” de “login” interativo ela lê e executa o arquivo“/etc/profile”, se ele existir. Esse arquivo deve conter as configurações gerais que se aplicam a todos os usuários do sistema. Após ler o “/etc/profile”, ela irá procurar por um dos arquivos:
~/.bash_profile
~/.bash_login
~/.profile
Esses arquivos estão na “home” do usuário, executando o primeiro que estiver disponível e tiver permissão de leitura. Além desses, executa também o arquivo “/.bashrc”. Perceba que esses são arquivos ocultos, pois estão precedidos por um (.). Quando a “bash” estiver sendo terminada (usuário fazendo logout), o arquivo “/.bash_logout” será lido e executado, caso ele exista. Através deste arquivo, podemos automatizar procedimentos como por exemplo limpar a tela ao se “deslogar” do sistema. Quando uma “bash” é chamada mas não é uma “shell de login”, o arquivo chamado será apenas o“/.bashrc”.
Os arquivos “/etc/issue” e “/etc/motd” são usados para mostrar mensagens para os usuários e não interferem na parte operacional do sistema. A diferença entre os arquivos “/etc/issue” e “/etc/motd”, é que o primeiro exibe uma mensagem para o usuário antes que o mesmo faça “login” no sistema, enquanto o segundo exibe uma mensagem após o usuário se “logar” no sistema. Há ainda o arquivo“/etc/issue.net”, que contém a mensagem exibida em “logins” remotos.
E ficamos por aqui, no próximo post vamos ver um assunto que assusta muitos usuários linux, os editores de texto no terminal.
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