terça-feira, 10 de setembro de 2013


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Envelhecer muitas vezes significa perder a acuidade mental. Alguns estudos indicam que é possível “exercitar” o cérebro para manter a mente afiada, mas é difícil definir o que de fato acontece e qual seu efeito real.

Uma equipe da Universidade da Califórnia, em São Francisco, liderada por Adam Gazzaley , professor-associado de neurologia, fisiologia e psiquiatria, abordou o problema utilizando um videogame. Eles testaram um grupo de adultos idosos com um game de corridas 3D, em que deveriam apertar um botão quando vissem uma placa específica. Os pesquisadores descobriram que o jogo, de fato, aumentava a capacidade cerebral de realizar tarefas simultaneamente.

O game era relativamente simples: o jogador dirige um carro em uma estrada usando um joystick para controlar seus movimentos. Quando uma placa específica aparecia, como um octógono vermelho ou uma placa de pare, os participantes deveriam apertar um botão. Quando outros objetos surgiram na tela, não deveriam fazer nada, e se apertassem o botão na placa errada, perdiam pontos.

Os pesquisadores analisaram o desempenho de um grupo de 16 pessoas, com idades entre 60 e 85 anos. Eles descobriram que apenas 12 horas de treinamento, ao longo de um mês, melhoraram drasticamente a capacidade dos indivíduos de escolher as placas corretas. Algumas pessoas se saíram melhor que jovens de 20 anos que jogaram pela primeira vez.

Para ter certeza de que o jogo era o responsável pelo aumento de desempenho, a equipe testou outros dois grupos de pessoas idosas. Um deles jogou um jogo em que só precisavam dirigir ou escolher as placas, enquanto outro não jogou nada. Nenhum dos dois grupos apresentou qualquer melhora na capacidade mental.

Uma descoberta interessante foi que o aumento da capacidade de jogar videogame também incluía outras habilidades cognitivas, como o reforço da memória operacional e a capacidade de detectar um objeto em um cenário enfadonho. Os benefícios duraram seis meses. Além disso, houve alterações significativas no cérebro dos jogadores, com mais e melhores ligações entre as diferentes regiões cerebrais.

Tudo isso confere alguma credibilidade à ideia de “exercício mental”, tanto que Gazzaley afirmou em uma coletiva que espera que este tipo de jogo se torne um recurso terapêutico. Os resultados foram publicados na última edição da revista Nature.

Por Jesse Emspak

Créditos: Discovery Brasil

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