Os gigantes da internet Google, Yahoo! e Facebook
pediram autorização à Justiça nesta segunda-feira para informar com mais
detalhes sobre os pedidos de dados que recebem da administração
americana no âmbito da luta antiterrorista.
No pedido apresentado à Foreign Intelligence
Surveillance Court, o Yahoo! argumenta que a administração pode proteger
a segurança dos americanos "sem impedir que as empresas de internet
divulguem o número de solicitações de informações que recebem em nome da
segurança nacional", afirma o grupo em seu blog.
"Ocultar tais informações alimenta a desconfiança e a
suspeita em relação aos Estados Unidos", acrescenta o responsável
jurídico do Yahoo!, Ron Bell, no blog.
O Facebook apresentou a mesma demanda, argumentando que é
preciso ter mais transparência. "As declarações e decisões do governo
americano não atenderam corretamente às preocupações dos usuários no
mundo sobre a garantia de segurança e confidencialidade de seus dados em
poder das empresas de internet", escreve Colin Stretch, funcionário
jurídico do Facebook, em seu blog.
O Google, que já havia apresentado um pedido em junho
junto à Microsoft e a outras empresas, explica em seu blog que solicitou
autorização para "publicar estatísticas detalhadas sobre os tipos de
pedidos que recebe em nome da segurança nacional, no âmbito da Foreign
Intelligence Surveillance Act", que permite espionar os estrangeiros na
internet.
"Diante da importância dos problemas políticos
compreendidos neste caso, também solicitamos que o tribunal realize uma
audiência pública, em vez de a portas fechadas. É hora de ter um pouco
mais de transparência", afirmam Richard Salgado e Pablo Chavez, dois
líderes do grupo em seu blog.
Os grupos tecnológicos estão sob pressão após as
revelações sobre o programa de espionagem Prism, que permite à Agência
Nacional de Segurança (NSA) americana obter deles milhares de dados
digitais sobre os usuários de internet.
As empresas afirmam que divulgam informações apenas
diante de pedidos formais dos tribunais, negando qualquer conivência com
as autoridades americanas. Estas insistem que esses controles são
legais e permitiram desbaratar dezenas de atentados.
Fonte: Terra
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