segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Após a possibilidade dos EUA estarem espionando o Brasil através de equipamentos de rede com  backdoors, anunciada no mês passado, o Ministério da Defesa está organizando um centro de  certificações para investigar os equipamentos de rede.

“O que estamos fazendo, no caso da Defesa, é organizarmos um centro de certificação desses  equipamentos para que eles possam ser utilizados de maneira mais segura”, afirmou o chefe do  departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Sinclair Mayer em audiência pública na  Câmara dos Deputados.

De acordo com uma lei  americana (CALEA), os EUA obrigam a implantação de backdoors nos  equipamentos de rede para intercepção da  comunicação. Os fornecedores dos equipamentos que  facilitam o grampo, aderindo esta lei, são os mesmos grupos  que vendem tais equipamentos ao Brasil.

“Temos vulnerabilidades nos equipamentos, nos roteadores, nos switches, etc, que são equipamentos importados, nos quais há a possibilidade de haver nos componentes desses equipamentos backdoors, portas que darão acesso a vazamento indesejado de informações”, informou o general Mayer.

“Pretendemos utilizar isso [o centro de certificação] já no ano que vem, mas o melhor seria contar com uma indústria nacional que pudesse nos fornecer esses equipamentos”, continou.

“Após ter sido informado de que foi monitorado pelos Estados Unidos, o governo da Alemanha anunciou nesta semana medidas como a obrigatoriedade de armazenamento de banco de dados de empresas [de internet, como Google e Facebook] no próprio país. Nós temos de fazer o mesmo, e isso pede uma medida legislativa”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo também presente na audiência.

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