quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Entre itens comprados estão bolas, brinquedos, sungas, um aparelho GPS e roupas


O grupo hacker Anonymous Brasil divulgou em sua página na internet e em seu perfil no Facebook imagens que seriam de notas fiscais de compras irregulares feitas pela Polícia Militardo Rio de Janeiro. Segundo a publicação do grupo, a políciafluminense teria comprado itens como brinquedos em uma loja especializada, um GPS, uma bola de futebol e artigos da marca Nike, além de roupas, bolas e sungas da Adidas. 

Na mesma compra aparecem também uma outra sunga, R$ 10 mais barata que as demais, e uma bola de futebol, que custou R$ 69,90, além de uma regata feminina, ao preço de R$ 39,90. Na compra feita na loja da Adidas, a PM teria pago R$ 44,90 por cada uma das duas camisetas da Adidas, e R$ 39,90 pela unidade da sunga - ao todo foram compradas seis peças.   
Na Nike, a PM teria comprado uma bola de futebol T90 Laser, ao preço de R$199,60, além de uma outra bola Netherlands Prestige, que custou R$ 47,92, e duas camisetas, por R$ 59,90, e outra vestimenta, por R$ 119,80. 
Uma outra nota mostra uma compra que teria sido feita pela PM na loja de roupas C&A, de uma blusa, no valor de R$ 59,90. 
Na loja de brinquedos RiHappy, a PM teria comprado os jogos Combate, Cara a Cara, Perfil Junior, Na Ponta da Língua e Estrela Musical, além de um triciclo descrito na nota como Zootico Golfinho. 
Em sua página, o grupo afirma que a revelação das compras faz parte de uma “série de vazamento de informações e documentos obtidos da Assessoria Parlamentar da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”.
“Hoje, iniciaremos a divulgação de notas fiscais de compras irregulares efetuada pelos militares. Apesar dos valores serem pequenos, não descaracteriza o uso irregular de verba pública, pois os itens adquiridos com dinheiro público são de uso pessoal, como sungas, blusas, tênis", diz o Anonymous.
De acordo com a publicação, além das notas fiscais, serão revelados também “material que compromete a legitimidade do cargo de um prefeito de uma grande cidade; material que expõe a relação existente entre a PM e deputados do Congresso Nacional, com troca de favores claros; elaboração de dossiês pela PM onde traçam perfis dos deputados, a fim de se identificar suas posições quanto a votações de interesse da polícia”. 
Em nota, a PM confirmou a veracidade das notas e afirmou que as compras “foram previamente aprovadas pelo comando da época, e se referem a itens dados a famílias dos policiais, principalmente praças, que trabalhavam na Assessoria Parlamentar”. 
“Os itens adquiridos foram doados na festa de fim de ano. Todas as notas fiscais estão no balancete da unidade, e estão à disposição do Tribunal de Contas do Estado. O GPS é utilizado pela unidade até os dias de hoje, e foi comprado para o veículo oficial da Assessoria Parlamentar.” 
Hackers também vazaram dados de policiais militares
Na última quarta-feira (25), a Polícia Civil fluminense identificou três jovens paulistas como responsáveis pelo vazamento de dados de 50 mil policiais militares fluminenses. Todos têm 16 anos e tiveram seus computadores apreendidos e foram ouvidos pelos agentes. 
De acordo com o delegado Gilson Perdigão, que ouviu os adolescentes, eles se conheciam apenas virtualmente. Dois deles moram na capital paulista, nos bairros da Vila Aliança e do Grajaú, e um na cidade de Assis.
Dos três, dois eram administradores do perfil Anoncyber & Cyb3rgh0sts e alegaram a atitude por serem contra a participação da PM na repressão aos manifestantes no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o jovem que mora na Vila Aliança foi o responsável pelo vazamento dos dados pessoais dos policiais militares.
Os adolescentes foram ouvidos e serão indiciados com base na Lei Carolina Dieckmann. Os computadores apreendidos foram levado à polícia fluminense, onde serão periciados.

Fonte:  Terra

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