quinta-feira, 3 de outubro de 2013

No Brasil, o custo individual após crimes digitais foi o maior do mundo.
Além dos computadores, novo foco dos golpistas são tablets e celulares.


Um Maracanã cheio já é muita gente. Agora, imagine que o número de vítimas de crimes virtuais no mundo é suficiente para encher 13 Maracanãs por dia - o que dá, ao todo, um milhão de pessoas.
Joana Carla Ramos, produtora de materiais, é uma delas. As senhas do cartão dela foram roubadas no site do banco e quase R$ 2 mil desapareceram da conta. “Aí começou a via sacra. Até agora, acho que foram seis protocolos e 25 dias úteis para eu conseguir o dinheiro de volta na conta”, ela conta.
Uma pesquisa feita por uma empresa de tecnologia mostra que o prejuízo mundial com crimes pela internet foi de US$ 113 bilhões no último ano. No Brasil, as perdas somaram R$ 18 bilhões e o custo individual foi o maior do mundo. As vítimas brasileiras tiveram um prejuízo médio de R$ 831,00, contra R$ 661,00 em outros países.
Os golpistas também estão roubando mais porque também se adaptaram às mudanças de hábito dos internautas. Além de computadores, eles passaram a invadir celulares e tablets e se aproveitam de descuidos básicos, como a falta de senhas e de softwares de segurança para dispositivos móveis.
Segundo o levantamento, 57% dos donos de smartphones no Brasil caíram em algum golpe. E a "novidade" na praça é o ransonware, ou o "sequestro" do dispositivo. O invasor invade o aparelho, bloqueia e pede dinheiro para liberá-lo.
O diretor da empresa responsável pelo estudo, diz que mudanças no comportamento podem evitar muitos problemas. "O brasileiro tem o costume de usar muito Wi-Fi público e, nesse momento, ele acaba não protegendo a sua conexão. Nesses casos, o que a gente recomenda é que, se o usuário vai precisar de uma internet pública, tentar não fazer uma transação bancária ou compra na internet. É melhor deixar para fazer isso quando estiver em uma conexão mais segura”, explica Beto Santos, diretor geral da Norton no Brasil.

Fonte:  Globo

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