terça-feira, 17 de fevereiro de 2015



A companhia de segurança Kaspersky Lab apontou que um grupo hacker roubou aproximadamente U$1 bilhão de bancos dos Estados Unidos e demais países. Segundo a publicação, entregue primeiramente ao The New York Times e divulgado ao público nesta segunda-feira (16), o grupo era composto de membros da Russia, China e Europa. Os hackers estavam ativos desde 2013 e invadiram mais de 100 bancos em 30 países.

Segundo a Kaspersky, os hackers utilizaram malwares que se infiltraram nos computadores dos bancos, buscando por fraquezas em suas operações diárias. Após meses de monitoria, os cibercriminosos utilizaram uma tática antiga: se passar por funcionários do banco utilizando credenciais falsas para transferir milhões de dólares para suas contas pessoais. Eles também programaram caixas eletrônicos para emitir dinheiro em momentos específicos. 

"A tática dos hackers envolvia limitar seus roubos para um máximo de U$10 milhões antes de atacar outro banco, uma estratégia que, em parte, dificultou a detecção da fraude anterior," disse o pesquisador de segurança Vicente Diaz em entrevista ao The Associated Press. "Esse tipo de ataque é incomum porque é direcionado ao banco em si ao invés de seus clientes e suas respectivas informações de contas. O objetivo parece ser muito mais voltado ao ganho financeiro do que espionagem."

A publicação revela que a maior parte dos alvos está localizada na Russia, nos EUA, Alemanha, China e Ucrânia, embora os ataques possam estar se expandindo pela Ásia, Oriente Médio, Africa e Europa. 

A Kaspersky não identificou os bancos e ainda está trabalhando com agências de segurança para investigar os ataques, dos quais a empresa afirma que continuam a ocorrer, e nenhum banco até o momento está ciente disso. Até o momento, a empresa de segurança virtual viu evidências de U$300 milhões roubados, embora acredite que o total seja, pelo menos, três vezes maior.

Segundo o Centro de Serviços de Compartilhamento e Análise de Informações Financeiras,uma entidade sem fins lucrativos que alerta bancos sobre atividades hacker, disse em uma publicação que seus membros receberam um alerta sobre as brechas em janeiro.

"Não podemos comentar sobre as ações individuais tomadas por nossos membros, mas ao todo acreditamos que nossa equipe está tomando ações apropriadas para prevenir e detectar esse tipo de ataque e minimizar quaisquer efeitos em seus clientes. A informação de que bancos russos foram as principais vítimas dos ataques pode ser uma mudança significativa na estratégia de localizar os alvos cibercriminosos."
Publicação do Centro de Serviços de Compartilhamento e Análise de Informações Financeiras

Fonte: Adrenaline

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