quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Links normalmente são incluídos em e-mails, alerta fabricante de antivírus.
Arquivo RTF traz imagem com link e praga digital embutida.


A fabricante de antivírus russa Kaspersky Lab alertou nesta terça-feira (5) que hackers brasileiros estão utilizando uma tática diferente para propagar pragas digitais que roubam senhas de banco. A técnica está na inclusão de um documento anexo no formato RTF (Rich Text Format), um padrão criado pela Microsoft para exportação de documentos do Microsoft Word.
Dentro do arquivo RTF os criminosos incluem uma imagem com instruções para que a vítima clique duas vezes para ampliar a foto. Caso a orientação seja seguida, uma janela para a execução de um programa aparecerá. Se o usuário autorizar, o computador será então infectado com o vírus.
Arquivo traz imagem que, se clicada, tenta abrir um programa malicioso. (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)Arquivo traz imagem que, se clicada, tenta abrir um programa malicioso. (Foto: Reprodução/Kaspersky Lab)
A praga foi analisada pelos analistas de vírus Fabio Assolini e Dmitry Bestuzhev. "O uso dessa técnica permite aos cibercriminosos burlar os filtros de e-mail por extensões de arquivos, visto que raramente arquivos DOC e RTF são bloqueados. Nós temos certeza que tal técnica passará a ser usada com mais frequência entre os cibercriminosos brasileiros", escreveram os especialistas.
A técnica difere do método comum de distribuição de pragas brasileiras, que consiste no envio de um link para o vírus em mensagens de e-mail. O arquivo RTF, segundo a Kaspersky Lab, é incluído como anexo da mensagem, e a imagem dentro do documento possui um link para um vírus que está embutido dentro do próprio arquivo.
Brecha em processamento de imagem
Também nesta terça-feira, a Microsoft divulgou um alerta sobre uma brecha no componente Microsoft Graphics, usado para o processamento de imagens em alguns produtos da empresa, entre eles o Microsoft Office. A vulnerabilidade permite que uma imagem maliciosa incluída em um documento do Word faça com que o sistema seja infectado com um vírus com a abertura do arquivo, por exemplo.
A falha já está sendo usada em ataques direcionados contra alvos não revelados pela Microsoft. Não há relação da brecha com os ataques identificados no Brasil.

Fonte:  G1

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