quarta-feira, 22 de abril de 2015


Para a maioria dos gamers, Pwn Adventure 2 bear challenge parece impossível. Uma horda de ursos atacam de todas as direções, e não importa quantos você mate, sempre terá outros para substituí-los. Mesmo se você for bom o suficiente para aguentar e matar todos os ursos, depois de 90 segundos eles revivem, pegam AK-47s e acabam com seu personagem.

A não ser que você está jogando como um hacker. Então você vai fazer uma engenharia reversa no game e perceber que a variável que determina seu poder é armazenada localmente, e não no servidor. Mudando a variável de 20 para 100, seu personagem se torna invencível, pronto para massacrar quantos zumbis ursos necessários. Após 2 minutos de jogo, um baú de tesouros aparece e abre, revelando uma bandeira, e você vence o game.

Este hack não é uma forma de trapacear o jogo, disseram Jordan Wiens e Rusty Wagner, dois pesquisadores de segurança que criaram o Pwn Adventure. Neste jogo, o objetivo é realmente hackear o jogo. "O conceito do jogo é encontrar falhas de seguranças comuns e transformar essas falhas nos desafios," disse Wagner, que apresentou o jogo em um conferência de segurança a algumas semanas. "Você vai pegar esses bugs intencionais do jogo, e com eles passar os desafios, abusando dos bugs para ganhar."

Para um observador casual do jogo, esses players alterados pareceriam ter super poderes: se mover muito mais rápido que o normal, voar, mirar com precisão absurda. Na verdade, estes são os principais truques que jogadores que trapaceiam usam, alterando e explorando coisas que os servidores não checam.

No Pwn Adventure, essas falhas são intencionais, disse Wagner, e são o único jeito de avançar no jogo. Na verdade, a maioria dos estágios necessita de um hack para passar. Por exemplo, trapacear o servidor de alguma forma que o jogador consiga ser teleportado de um cenário para outro.

Outro exemplo é um boss que ataca com armas de fogo, e somente armas de gelo pode atacá-lo. Mas ao chegar na metade da vida, o monstro regenera toda sua vida, parecendo impossível de vencer. Mas por causa de um bug em uma variável, olhando em seu código, é possível ver que em determinado momento do processo de cura, atirando com uma arma de fogo contra ele, pode-se ver sua vida subindo para mais do que cem por cento, causando que o valor vá ao negativo, já que os limites da variável foram quebrados. "Eu adoro esse," disse Wiens. "Você não precisa alterar de fato o cliente do jogo, mas mesmo assim precisa fazer engenharia reversa para descobrir."


Wiens e Wagner são veteranos em eventos de Capture the Flag, competições famosas em eventos de segurança e hacking. Em 2009 eles venceram o CTF da DEFCON, que seria equivalente ao campeonato mundial de Capture the Flag, e em 2013 terminaram em segundo.

O jogo foi lançado na conferência Shmoocon em janeiro, que fazia parte da competição do CTF. No evento, foram contabilizados mais de 250 jogadores simultâneos e mais de 1200 jogadores no total.

Fonte: Wired

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