quinta-feira, 23 de abril de 2015

Par de chaves

Como comentado no texto anterior, os algoritmos de criptografia assimétrica utilizam um par de chaves. Vimos também que cada pessoa gera seu par de chaves, e que essas chaves são diferentes e matematicamente relacionadas.

Vamos ver agora mais algumas características desse modelo de criptografia.

As chaves são chamadas de Chave Pública e Chave Privada por um motivo óbvio. Uma das chaves vai ser disponibilizada publicamente e a outra será mantida privada.

Como a chave pública é disponível a qualquer pessoa, esta pessoa que deseja se comunicar com você usa sua chave pública para cifrar a mensagem, e apenas você com sua chave privada pode decifrar a mensagem.

Veremos logo abaixo os usos da criptografia assimétrica e como este modo de par de chaves tem menos chances de ser comprometido do que o modo simétrico.

Pode-se usar a criptografia assimétrica de várias maneiras, para os mais variados usos, veremos alguns.

Criptografia (Confidencialidade)

Podemos utilizar a criptografia assimétrica para criptografar dados, do mesmo modo que poderíamos utilizar a criptografia simétrica, com o mesmo nível de segurança, nem mais nem menos. Esta é uma associação errada que normalmente se faz, que um modelo é melhor que o outro. Sem levar em consideração o algoritmo de criptografia, os dois modelos tem o mesmo potencial.

Caso nosso objetivo seja criptografar uma mensagem, podemos fazer isso utilizando a chave pública do destino, e assim que receber, o próprio pode utilizar sua chave privada para decifrar a mensagem.

Por exemplo, A deseja enviar uma mensagem para B de forma confidencial:


A cifra a mensagem com a chave pública de B e a envia. Quando B receber a mensagem ele a decifra com sua chave privada.

Sempre que nos referirmos a criptografia ou confidencialidade estamos falando em criptografar texto ou arquivos, ou seja, usamos a chave pública do destinatário para a cifragem e o destinatário usa sua chave privada para decifrar.

No exemplo acima, se B deseja responder para A o processo é o mesmo, mas usando as chaves de A.

Um dos problemas da criptografia assimétrica na cifragem de arquivos grandes é a demora para a decifragem. Por se tratar de algoritmos mais complexos que os algoritmos simétricos, não é viável cifrar grandes quantidades de dados com este modelo.

Assinatura (Autenticação)

Outro uso para a criptografia assimétrica é a assinatura, ou garantir autenticação.

Garantir autenticação, basicamente quer dizer, garantir que uma parte seja realmente quem alega ser.

No caso de assinatura, trabalharemos com as chaves na ordem contrária, a chave privada irá "cifrar" a mensagem e a chave pública irá "decifrar"a mensagem. Para esse tipo de operação é mais comum trocar o termo Cifrar/Decifrar por Assinar.

Este modo não garante confidencialidade, já que a chave que "decifra" a mensagem é pública e qualquer pessoa teria acesso a ela. Este modo é utilizado para garantir a identidade do autor da mensagem. Se a mensagem só pode ser "decifrada" com a chave pública de B, isso quer dizer que somente B pode ter "cifrado" a mensagem com sua chave privada.

Vamos a um exemplo:

A deseja enviar uma mensagem assinada para B, garantindo que foi A quem enviou a mensagem:


A assina o texto claro com sua chave privada, gerando a mensagem assinada, e envia esta para B. B recebe a mensagem assinada e passa pelo algoritmo criptográfico com a chave pública de A para verificar sua autenticidade.


No próximo texto veremos outros métodos de uso de criptografia assimétrica.

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