terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Este foi o tema do painel apresentado pelos profissionais de segurança Chris Valasek e Tarjei Mandt na Black Hat USA de Las Vegas deste ano.

Valasek e Mandt são hackers White Hat, profissionais de segurança que testam vulnerabilidade em sistemas e componentes Windows, como o kernel do Windows.

De acordo com Valasek, pesquisador de segurança sênior da Coverity, uma empresa especializada em desenvolvimento de softwares de testes e hardening, o seu trabalho está para se tornar cada vez mais difícil.

Isso porque a Microsoft mudou diversas coisas no seu novo sistema o Windows 8 que vai parar vários ataques já conhecidos. "Se você tem algum exploit de transbordo da pilha que funciona no Windows 7, provavelmente ele não vai funcionar no Windows 8", disse Valasek na sua apresentação.

Nos últimos anos, white hats desenvolveram diversas novas técnicas para comprometer a pilha e o kernel do Windows.

Um dos últimos, por exemplo, refere ao modo de como o Windows distribui dinamicamente a memória. Este é um dos alvos favoritos dos hackers, ou crackers, que tentam exploitar essas vulnerabilidades para causar um overflow de memória, que poderia causar um DoS, ou na pior das hipóteses execução de código.

Um resultado esperado era que estas vulnerabilidades do kernel e da pilha seriam o alvo maior dos malwares. Lá em 2008, por exemplo, o pesquisador de segurança e white hat Ben Hawkes identificou uma falha na pilha do Windows Vista. Hawkes criou um POC (Prova de conceito) que foi capaz de corromper a pilha do Vista e expo-la a execução de código.

Já naquele tempo, Hawkes pode notar que ataques desse tipo antes comuns agora estão ficando mais difíceis e complexos, como o teste dele por exemplo.

O exploit do Hawkes funcionava também no Windows 7, mas não no Windows 8, de acordo com Valasek, a Microsoft fechou a porta na cara do exploit do Hawkes.

E não para por ai. Valasek mostrou um slide comparando o pontencial de exploitabilidade de cada um dos sistemas, entre eles Windows 7, Vista e 8. O que pode-se notar é que no último pode se encontrar muito mais "X" vermelhos do que "√" verdes.

O que a Microsoft mudou na memória que deixou tudo mais difícil, basicamente foi o modo de distribuição em memória, agora sendo aleatório e com alguns outros detalhes mais complexos, como por exemplo, diversos métodos para os programadores encerrarem seus programas caso algo seja modificado de maneira incorreta.

Valasek ainda comenta, "A Microsoft trabalhou duro para cuidar disso e prever problemas antes de ter que reagir e corrigir falhas já expostas".

Ele também adicionou que falhas ainda existem, já com alguns exploits hipotéticos em sua cabeça e confirma que alguns deles irão funcionar.

E o kernel não foi diferente, como Tarjei Mandt comentou, "o kernel continua o mesmo, nenhuma mudança significativa na estrutura foi feita, mas tem alguma camadas de segurança a mais, algo similar a hardening".

Fonte: Redmond Magazine

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