Uma plataforma chamada Scorpyn Ticket Scanner foi criada por hackers para "furar a fila" dos compradores de ingresso que desejam assistir as partidas da Copa do Mundo da Fifa.
O aplicativo avisa aos compradores, via smartphone ou computador, quando novos lotes de ingressos estão disponíveis para compra, com minutos de antecedência, segundo prometia o site.
O processo, testado pela Veja, funciona da seguinte forma:
Os usuários cadastrados no programa recebem avisos com ofertas de ingressos em seus smartphones ou computadores em qualquer lugar do mundo.
Ao aceitar a oferta, a pessoa é colocada, automaticamente, dentro da página de compra de ingressos da Fifa para finalizar a transação.
Do ponto de vista do consumidor, a ação não se configura em um crime, já que a compra é 100% legal, dentro das regras estabelecidas pela Fifa.
No entanto, ao entrar na disputa de ingressos por meio de um programa que não seja o oficial, a pessoa infringe a proteção das informações de quem compra e fere o discurso de total segurança da entidade.
Em coletiva no Maracanã, Delia Fischer, chefe do departamento de comunicação da Fifa, disse que a entidade está apurando o caso.
Ainda segundo a reportagem, a Fifa diz que há vários sites criados para tentar adquirir ingressos de maneira privilegiada, mas que "não é possível fazer essa compra por meio de nenhum outro portal que não seja o da entidade".
No início da tarde desta sexta, 20, o site do Scorpyn Ticket Scanner estava fora do ar. Um recado com fundo branco agradece aos usuários e diz: "Vejo vocês em 2018!".
Na quinta-feira, 19, a Fifa indicou que a saída precoce da Espanha e outras seleções, da Copa do Mundo, pode provocar uma nova leva de ingressos à venda no site, por conta de cancelamento de torcedores que programaram uma estadia mais longa no Brasil e foram pegos de surpresa com o desempenho de suas equipes.
De acordo com os números divulgados pela entidade, no momento restam 7.874 ingressos à venda, mas são poucas as partidas com lugares disponíveis. No total, 3.017.024 entradas já foram vendidas, mas 187.060 ainda não foram recolhidas pelos torcedores.
SEGURANÇA
O que se discute dentre os especializados no assunto é que há uma falha de segurança nos bancos de dados da Fifa.
O sistema que gerencia a venda de ingressos para jogos da Copa de 2014 é fornecida por uma das empresas de internet mais respeitadas dos Estados Unidos, a Akamai Technologies, com sede em Cambridge, Massachusetts, que também tem como clientes empresas como Microsoft, Yahoo!, MySpace e NBA, a bilionária liga americana de basquete.
Como não há nenhuma relação ou parceria entre Fifa e Scorpyn, é possível afirmar que os hackers tiveram acesso ao sistema que deveria ser seguro e, a partir disso, passaram a ter informações do banco de dados de ingressos da Fifa.
“Se é possível ter acesso ao banco de dados de ingressos, provavelmente há uma brecha para visualizar também o conteúdo de cadastros de quem compra. É uma falha de segurança seríssima”, avalia um dos dois especialistas em segurança da internet consultados pela reportagem.
O aplicativo avisa aos compradores, via smartphone ou computador, quando novos lotes de ingressos estão disponíveis para compra, com minutos de antecedência, segundo prometia o site.
O processo, testado pela Veja, funciona da seguinte forma:
Os usuários cadastrados no programa recebem avisos com ofertas de ingressos em seus smartphones ou computadores em qualquer lugar do mundo.
Ao aceitar a oferta, a pessoa é colocada, automaticamente, dentro da página de compra de ingressos da Fifa para finalizar a transação.
Do ponto de vista do consumidor, a ação não se configura em um crime, já que a compra é 100% legal, dentro das regras estabelecidas pela Fifa.
No entanto, ao entrar na disputa de ingressos por meio de um programa que não seja o oficial, a pessoa infringe a proteção das informações de quem compra e fere o discurso de total segurança da entidade.
Em coletiva no Maracanã, Delia Fischer, chefe do departamento de comunicação da Fifa, disse que a entidade está apurando o caso.
Ainda segundo a reportagem, a Fifa diz que há vários sites criados para tentar adquirir ingressos de maneira privilegiada, mas que "não é possível fazer essa compra por meio de nenhum outro portal que não seja o da entidade".
No início da tarde desta sexta, 20, o site do Scorpyn Ticket Scanner estava fora do ar. Um recado com fundo branco agradece aos usuários e diz: "Vejo vocês em 2018!".
Na quinta-feira, 19, a Fifa indicou que a saída precoce da Espanha e outras seleções, da Copa do Mundo, pode provocar uma nova leva de ingressos à venda no site, por conta de cancelamento de torcedores que programaram uma estadia mais longa no Brasil e foram pegos de surpresa com o desempenho de suas equipes.
De acordo com os números divulgados pela entidade, no momento restam 7.874 ingressos à venda, mas são poucas as partidas com lugares disponíveis. No total, 3.017.024 entradas já foram vendidas, mas 187.060 ainda não foram recolhidas pelos torcedores.
SEGURANÇA
O que se discute dentre os especializados no assunto é que há uma falha de segurança nos bancos de dados da Fifa.
O sistema que gerencia a venda de ingressos para jogos da Copa de 2014 é fornecida por uma das empresas de internet mais respeitadas dos Estados Unidos, a Akamai Technologies, com sede em Cambridge, Massachusetts, que também tem como clientes empresas como Microsoft, Yahoo!, MySpace e NBA, a bilionária liga americana de basquete.
Como não há nenhuma relação ou parceria entre Fifa e Scorpyn, é possível afirmar que os hackers tiveram acesso ao sistema que deveria ser seguro e, a partir disso, passaram a ter informações do banco de dados de ingressos da Fifa.
“Se é possível ter acesso ao banco de dados de ingressos, provavelmente há uma brecha para visualizar também o conteúdo de cadastros de quem compra. É uma falha de segurança seríssima”, avalia um dos dois especialistas em segurança da internet consultados pela reportagem.
Fonte: Baguete
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