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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Uma plataforma chamada Scorpyn Ticket Scanner foi criada por hackers para "furar a fila" dos compradores de ingresso que desejam assistir as partidas da Copa do Mundo da Fifa.


O aplicativo avisa aos compradores, via smartphone ou computador, quando novos lotes de ingressos estão disponíveis para compra, com minutos de antecedência, segundo prometia o site.

O processo, testado pela Veja, funciona da seguinte forma:

Os usuários cadastrados no programa recebem avisos com ofertas de ingressos em seus smartphones ou computadores em qualquer lugar do mundo.

Ao aceitar a oferta, a pessoa é colocada, automaticamente, dentro da página de compra de ingressos da Fifa para finalizar a transação.

Do ponto de vista do consumidor, a ação não se configura em um crime, já que a compra é 100% legal, dentro das regras estabelecidas pela Fifa.

No entanto, ao entrar na disputa de ingressos por meio de um programa que não seja o oficial, a pessoa infringe a proteção das informações de quem compra e fere o discurso de total segurança da entidade.

Em coletiva no Maracanã, Delia Fischer, chefe do departamento de comunicação da Fifa, disse que a entidade está apurando o caso.

Ainda segundo a reportagem, a Fifa diz que há vários sites criados para tentar adquirir ingressos de maneira privilegiada, mas que "não é possível fazer essa compra por meio de nenhum outro portal que não seja o da entidade".

No início da tarde desta sexta, 20, o site do Scorpyn Ticket Scanner estava fora do ar. Um recado com fundo branco agradece aos usuários e diz: "Vejo vocês em 2018!".

Na quinta-feira, 19, a Fifa indicou que a saída precoce da Espanha e outras seleções, da Copa do Mundo, pode provocar uma nova leva de ingressos à venda no site, por conta de cancelamento de torcedores que programaram uma estadia mais longa no Brasil e foram pegos de surpresa com o desempenho de suas equipes.

De acordo com os números divulgados pela entidade, no momento restam 7.874 ingressos à venda, mas são poucas as partidas com lugares disponíveis. No total, 3.017.024 entradas já foram vendidas, mas 187.060 ainda não foram recolhidas pelos torcedores.

SEGURANÇA

O que se discute dentre os especializados no assunto é que há uma falha de segurança nos bancos de dados da Fifa.

O sistema que gerencia a venda de ingressos para jogos da Copa de 2014 é fornecida por uma das empresas de internet mais respeitadas dos Estados Unidos, a Akamai Technologies, com sede em Cambridge, Massachusetts, que também tem como clientes empresas como Microsoft, Yahoo!, MySpace e NBA, a bilionária liga americana de basquete.

Como não há nenhuma relação ou parceria entre Fifa e Scorpyn, é possível afirmar que os hackers tiveram acesso ao sistema que deveria ser seguro e, a partir disso, passaram a ter informações do banco de dados de ingressos da Fifa.

“Se é possível ter acesso ao banco de dados de ingressos, provavelmente há uma brecha para visualizar também o conteúdo de cadastros de quem compra. É uma falha de segurança seríssima”, avalia um dos dois especialistas em segurança da internet consultados pela reportagem.

Fonte: Baguete

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Daqui a poucos dias começará a Copa do Mundo de Futebol, e daqui a dois anos teremos as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Estes dois eventos que acontecerão no Brasil já tem estimulado protestos no mundo físico e virtual, mas na verdade, esta é só a ponta do iceberg: existem vários riscos de segurança relacionados a Copa do Mundo e as Olimpíadas que podem afetar a empresas, governos, os patrocinadores dos eventos, atletas, comerciantes, usuários finais, etc. 


Os potenciais cenários de crimes, fraudes e protestos relacionados com a Copa do Mundo e as Olimpíadas representam diversos riscos de segurança, tais como:
  • Protestos e Hacktivismo: Desde a Copa das Confederações no ano passado, estes grandes eventos tem itensificado uma série de protestos contra o governo brasileiro, contra as entidades que organizam e patrocinam estes eventos e, inclusive, protestos direcionados as instituições financeiras em geral. E a tendência natural é que estas manifestações devem se intensificar durante a Copa.
    • Não custa lembrar o risco real de terrorismo e ciber terrorismo na Copa e na Olimpíada, principalmente entre grupos de outros países que tradicionalmente já enfrentam este tipo de problema (ou seja, EUA, países Europeus, Russia e diversos países do Oriente Médio);
    • Protestos nas ruas com ataques físicos a empresas, agências bancárias e caixas eletrônicos, com destruição e roubo de patrimônio;
    • Protestos online através de defacement, ataques DDoS ou roubo de dados:
      • defacement de sites como forma de protesto contra a Copa do Mundo
      • o roubo e divulgação de dados das empresas visa promover o descrédito da organização através da exposição de informações confidenciais, incluindo planos estratégicos, informações de negócio ou dados pessoais de clientes, executivos e funcionários;
      • ataques de negação de serviço DDoS tradicionais, como parte de grandes campanhas de hacktivismo contra os grandes eventos ou contra alvos específicos;
      • ataques de DDoS ou DoS aproveitando lógica de negócio, tal como o uso de scripts automatizados para executar um número excessivo de acessos ao site da empresa com objetivo de simplesmente impedir o acesso ao site ou, em última instância, bloquear contas de usuários (por exemplo, realizando diversas tentativas de login com senhas inválidas a ponto de causar o bloqueio das contas);
  • Ciber Fraude e Ciber Crime
    • Envio de mensagens de SPAM relacionadas a Copa do Mundo, para enganar usuários finais e infectá-los com malwares ou roubar dados pessoais. Esse tipo de ataque já está acontecendo e, por exemplo, o Catálogo de Fraudes da RNP já lista alguns casos;
    • Sites falsos para venda de ingressos para os jogos, enganando usuários e fazendo vendas fraudulentas (vende, obtém o dinheiro da vítima e não entrega nada);
    • Diversas fraudes de cartão de crédito e débito, aproveitando o grande fluxo de turistas extrangeiros com cartões de crédito de outros países
      • Clonagem de cartões de crédito: muitos países ainda não adotaram cartões com tecnologia de Chip, e assim são bem mais fáceis de serem clonados
      • Aumento de casos de compras fraudulentas com cartões clonados no comércio online e no comércio físico: um dos problemas é que os turistas de outros países utilizam cartões de bancos ou empresas de cartões que os logistas não conhecem, logo estes logistas terão maior dificuldade para identificar visualmente um cartão clonado

Conforme dito pela Reuters em uma excelente reportagem publicada em fevereiro deste ano, o Brasil possui um cenário de ciber crime desenfreado, com empresas despreparadas, uso disseminado de software pirata e baixo investimento em segurança. Diante deste cenário, enfrentamos o sério risco de sofrer grandes ataques e fraudes cibernéticos durante a Copa.

Fonte: AnchisesLandia
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